O TEMPO está se esgotando. O ponteiro dos segundos se
aproxima da meia-noite. A espécie humana está prestes a dar o salto mortal.
Será que fomos apenas colocados aqui por algum criador ou força desconhecidos,
sem qualquer pista sobre a nossa origem, a razão de estarmos aqui ou o nosso
destino? Para onde devemos nos voltar? Resta ainda alguma autoridade? Existe
um caminho que possamos seguir? Existe alguma luz que penetre a negra
escuridão? Será que podemos descobrir um livro de códigos que nos forneça a chave
para nossos dilemas? Há alguma fonte de autoridade à qual possamos recorrer?
A resposta à primeira pergunta é: não. A resposta às
perguntas seguintes é: sim. Temos de fato um livro de códigos. Temos de fato
uma chave. Temos de fato material de fonte segura. Encontra-se no Livro antigo
e histórico a que chamamos Bíblia. Este Livro chegou até nós através dos
séculos. Passou por muitas mãos, apareceu sob muitas formas — e sobreviveu a
todos os tipos de ataque. Nem o vandalismo bárbaro, nem a erudição civilizada
atingiram-no. Nem o fogo ardente, nem o riso do ceticismo conseguiram
suprimi-lo. Através das muitas idades das trevas do homem, suas promessas gloriosas
sobreviveram inalteradas. É interessante notar que enquanto a leitura da Bíblia
foi proibida nas escolas públicas dos Estados Unidos, sua leitura é exigida
nas escolas católicas da Polônia comunista.
A British and Foreign Bible Society situava-se na rua
Jerusalém, uma das mais importantes da velha Varsóvia na Segunda Guerra
Mundial. Quando os alemães começaram a bombardear a cidade, a esposa do diretor
foi ao depósito e levou cerca de 2.000 Bíblias para o porão. Ficou presa pelo
bombardeio, foi capturada mais tarde pelos alemães e colocada em um campo de
prisioneiros. Conseguiu escapar e, quando a guerra terminou, pôde reaver
aquelas 2.000 Bíblias e distribuí-las às pessoas necessitadas. Varsóvia foi
arrasada, mas, na rua Jerusalém, uma parede da velha British and Foreign
Bible Society permanecia de pé. Nela achavam-se escritas estas palavras,
pintadas em letras grandes: "passará
o céu e a terra, PORÉM AS MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO."
Agora, ao nos aproximarmos do que parece ser mais uma hora
decisiva na história do mundo, reexaminemos este Livro indestrutível de
sabedoria e profecia; descubramos por que este volume específico tem
sobrevivido e sido a fonte infalível de fé e força espiritual do homem.
Há aqueles que encaram a Bíblia, principalmente, como a história
de Israel. Outros admitem que ela estabelece a ética mais sensata já
enunciada. Mas estas coisas, embora importantes, são apenas secundárias ao
verdadeiro tema da Bíblia, que é a história da redenção oferecida por Deus
através de Jesus Cristo. Em um editorial que apareceu em 30 de junho de 1983, o
International Herald Tribune recomendou que a Bíblia fosse lida como
obra literária porque é "A melhor expressão da língua inglesa".
Aqueles que lêem as Escrituras Sagradas como uma obra literária magnífica, uma
poesia ou história emocionantes e negligenciam a história da salvação, perdem
o significado e a mensagem verdadeiros da Bíblia.
Deus fez com que a Bíblia fosse escrita com o
propósito explícito de revelar ao homem seus desígnios para a redenção. Deus
fez com que este Livro fosse escrito, para que pudesse tornar Suas leis,
eternas, claras para Seus filhos, e para que estes pudessem ter Sua grande
sabedoria para guiá-los e Seu grande amor para confortá-los à medida que caminham pela vida. Pois sem a
Bíblia, este mundo seria de fato um lugar escuro e assustador, sem sinalização
ou farol.
A Bíblia qualifica-se com facilidade como o único Livro em
que a revelação de Deus está presente. Há muitas Bíblias de diferentes
religiões; há o Corão muçulmano, o Cânone Budista de Escrituras Sagradas, o
Zendavesta do zoroastrismo e os Vedas do bramanismo. Todos estes livros
tornaram-se acessíveis a nós por meio de traduções fidedignas. Qualquer um
pode lê-los comparando-os com a Bíblia e julgar por si mesmo. Descobre-se logo
que todas estas Bíblias não-cristãs contêm verdades parciais, mas, em última
análise, todas evoluem na direção errada. Todas começam com alguns lampejos de
luz autêntica e terminam em completa escuridão. Até mesmo o observador mais
superficial logo descobre que a Bíblia é radicalmente diferente. É o único
Livro que oferece ao homem uma redenção e indica a saída para seus dilemas. É
nosso único guia seguro em um mundo inseguro.
Foram precisos mil e seiscentos anos para completar a
redação da Bíblia. É obra de mais de trinta autores, e cada um deles atuou como
um escriba de Deus. Estes homens, muitos dos quais viveram separados por
gerações, não escreveram apenas o que pensavam ou esperavam. Agiram como canais
para a revelação de Deus; escreveram tal como Ele os instruiu; e sob Sua
inspiração divina, puderam perceber as grandes e duradouras verdades e
registrá-las para que outros homens pudessem percebê-las e conhecê-las também.
Durante estes mil e seiscentos anos, os sessenta e seis
livros da Bíblia foram escritos por homens de línguas diferentes, vivendo em
épocas diferentes e em países diferentes; mas a mensagem que escreveram foi
uma só. Deus falou a cada homem em sua própria língua, em sua própria época,
mas Sua mensagem foi basicamente a mesma em cada caso. Quando os grandes
eruditos reuniram os muitos manuscritos antigos escritos em hebraico, aramaico
e grego e os traduziram para uma única língua moderna, descobriram que as promessas
de Deus continuam inalteradas, Sua grande mensagem ao homem não variara. Hoje,
quando lemos estas palavras imutáveis, percebemos que as regras de conduta
estabelecidas pelos antigos escribas são tão atuais e significativas para esta
geração como o foram para as pessoas da época de Jesus. John Ruskin disse:
"A Bíblia é o único Livro que qualquer homem sério pode consultar com qualquer
pergunta leal sobre a vida ou o destino e encontrar a resposta de Deus
procurando-a com sinceridade."
Fonte: Billy Graham ,Livro Em Paz com Deus
Fonte: Billy Graham ,Livro Em Paz com Deus